POR QUE NÃO SOU CHARLIE
Explicação aos distraídos:
Desde quarta-feira (07/01/2015) várias pessoas começaram a postar na internet a frase “Je suis Charlie”, (Eu sou Charlie) numa referência à sua solidariedade ao jornal francês Charlie Hebdo, muito famoso por fazer críticas ácidas ao islamismo e outras religiões. Acontece que após anos publicando material desse teor, e muita ameaça por parte dos islamistas radicais, três homens invadiram a sede do jornal em Paris e assassinaram 12 pessoas e deixaram 11 feridas, entre os mortos estão o diretor do jornal e alguns cartunistas que morreram em um dos ataques terroristas mais violentos da história da imprensa mundial. (Fonte: http://www.fatosdesconhecidos.com.br/o-que-significa-je-suis-charlie-e-por-que-todo-mundo-esta-comentando-isso/)
Por que eu NÃO sou Charlie
Primeiro porque eu teria que usar uma infinidade de outros termos para expressar meu repudio aos mais variados tipos de ataques e violências descabidas. Prefiro dizer que EU SOU CRISTÃO. Desde os meus 17 anos de idade sigo a Bíblia como referência de fé e vida e não encontro nela (por meio de uma interpretação coerente) nenhuma justificativa para a violência ou discriminação. Sim, a Bíblia relata um período na história quando o Deus todo poderoso e amoroso mandou matar e exterminar. Mas para quem analisa o texto bíblico com um mínimo de critério e honestidade, entenderá que aquele foi um “mal necessário” para produzir um “bem maior” (a própria vinda de um redentor para toda a humanidade). Superada essa fase, não existe qualquer justificativa bíblica para se matar em nome de Deus e lamento ouvir que pessoas ainda hoje matam em nome de um suposto deus ou profeta. Esse deus, profeta, guru, ou coisa que o valha, certamente não é o Criador revelado nas Escrituras Cristãs. Quem segue a Jesus Cristo, sabe que a ira do homem não produz a justiça de Deus.
Obs.: Para aqueles que não gostam de minha opinião exclusivista quando ao cristianismo, deixo a oportunidade de manifestar sua própria opinião, obviamente sem qualquer vestígio de tal “pecado” (o exclusivismo).
Segundo, eu não sou Charlie, porque não estou comprometido com a filosofia editorial do citado jornal. Aliás, vendo algumas charges dessa publicação, fico intrigado pelo conceito de liberdade de expressão autoreivindicada. A luz do desrespeito explícito a certas religiões em várias charges do jornal, poderia-se muito bem reivindicar a “liberdade de esculhambação”. Liberdade de botar para fora (em “inocentes” desenhos é claro) uma óbvia perversão sexual. Aliás, que me desculpem os vários tipos de humoristas do mundo, eu não vou reverenciar com status de “artistas” pessoas que não conseguem fazer gozação sem banalizar o próprio ser humano. Para mim isso não é capacidade mas sim, limitação.
São apenas algumas reflexões. Obviamente me entristeço pelas mortes ocorridas na França, como também das ocorridas na Nigéria e em tantos outros lugares do nosso planeta. Pela revelação que sigo, Deus não tem prazer em nenhuma dessas mortes.
Marcelo C.Silva
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