“DEUS PROVERÁ”

Posso imaginar o misto de perplexidade e confiança nessa resposta de Abraão ao questionamento de seu filho Isaque, quando este era levado para ser sacrificado, como Deus ordenara.

Certamente havia perplexidade e uma certa incompreensão sobre tudo o que estava acontecendo e a própria ordem de Deus. Matar o filho da promessa era agir contra o plano revelado por Deus de fazer de Abraão uma grande nação a partir de Isaque.

Mas indiscutivelmente também havia uma confiança resoluta de Abraão em Deus. Por mais estranha e absurda que fosse a ordem de Deus, Abraão se levantou para obedecer. No caminho, carregando a lenha do seu próprio sacrifício, Isaque questiona o pai sobre onde estaria o cordeiro a ser morto. E diante da pergunta intrigante do filho, Abraão revela sua fé inabalável no caráter de Deus: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (Gn 22.8). Segundo Hb 11.17-19, Abraão considerou que Deus era poderoso até para ressuscitar seu filho da morte. A história termina com Deus provendo o cordeiro para o sacrifício no lugar de Isaque, uma vívida ilustração do sacrifício maior e perfeito que Jesus Cristo, o Filho de Deus, ofereceria no futuro.

Abraão se tornou um modelo de fé a ser seguido. Ao dizer “Deus proverá”, ele revelou sua limitação de conhecimento sobre o futuro mas também sua completa confiança no Deus que dirigia sua vida e a história.

Que esse exemplo de fé nos traga a paz necessária para vivermos cada momento de incerteza sobre o futuro, na plena confiança que Deus proverá de tudo o que nos for necessário (Sl 23.1). Que essa frase de Abraão nos motive a descansar em Deus e visualizar o Seu livramento e a Sua presença. Nós não precisamos ter todas as respostas. Precisamos confiar em Deus. Nós não precisamos inventar soluções humanas para os nossos problemas. Precisamos descansar nos recursos infinitos da Graça de Deus para nosso suprimento. Vamos obedecê-lo em tudo o que for nossa responsabilidade, e deixar com ele a direção de nossas vidas. DEUS PROVERÁ!!!

Marcelo C. Silva