Sementes

DEUS É GRANDE Nossa visão de Deus, via de regra, é reducionista. Isso porque enxergamos Deus segundo nosso próprio tamanho e limitação. Explicamos e concluímos fatos e situações, com uma visão humana extremamente limitada e comprometida por nossa natureza pecaminosa em suas mais variadas manifestações. Nós cristãos temos a tendência de achar que precisamos dar explicação para tudo e para todos, e nesse afã às vezes terminamos fornecendo uma imagem distorcida de Deus e Seus Planos. Usando “chavões” evangélicos, tiramos conclusões que muitas vezes estão longe da verdade de Deus. Precisamos recuperar a visão bíblica de um Deus majestoso, soberano, amoroso e gracioso que age segundo Sua perfeição e não segundo nosso raciocínio limitado e nosso falho senso de justiça. Precisamos do discernimento que vem da própria revelação de Deus nas Escrituras para interpretar corretamente os acontecimentos de nossa vida. A consciência reverente da grandeza de Deus é fundamen

Mudanças são inerentes à vida humana. Existem mudanças planejadas e mudanças inesperadas e até traumáticas.  É natural também que mudanças causem certa insegurança, por nos trazerem novos desafios, afetarem nossos relacionamentos e nos colocarem fora de nossa “zona de conforto”.  Quero destacar, no entanto, a grande oportunidade que as mudanças nos trazem de conhecermos melhor o Deus imutável que seguimos e adoramos.  A história muda com guinadas repentinas, mas Deus permanece sempre o mesmo (Hb 13.8; Tg 1.17) e Ele nos capacita a lidar com as novas realidades e desafios que as mudanças nos impõem. Deus é comparado nas Escrituras à uma Rocha (Dt 32.4; Sl 95.1). Deus dá segurança e proteção a todos os que nEle se refugiam (Sl 34.8; 46.1).  Como eu escrevi acima, talvez o grande benefício das mudanças, especialmente aquelas inesperadas, seja a oportunidade de recolocarmos nossos pés sobre a Rocha segura e firme que é o Senhor nosso Deus. Redirecio

Como sempre na interpretação da Bíblia, é bom lembrar o contexto dessa declaração do Apóstolo Paulo... “...aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez. TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE. (Fp 4.11-13).  Ao contrário de ser um brado triunfalista que nega a realidade dos problemas e dificuldades, a expressão de Paulo é uma declaração de confiança no poder da Graça de Deus para viver as mais variadas experiências que a vida proporciona, especialmente para aqueles que decidem seguir Jesus Cristo.  Marcelo C.Silva

  “Deus não fez as Escrituras como um jardim, onde os frutos estão maduros e as flores belas, e todas as coisas inteiramente expostas à nossa vista, mas como um campo, onde existem as sementes de todas as plantas preciosas, mas que só podem germinar, florescer e frutificar com o nosso trabalho, e também com o orvalho da graça celestial.”  Joseph Angus, História, Doutrina e Interpretação da Bíblia , p.156

Não podemos esquecer que, também nós pastores, ainda somos "obras inacabadas." É muito comum pensarmos: “Como Deus vai me usar na vida dessa Igreja?”. Mas devemos também considerar: “Como Deus vai usar essa Igreja na minha vida?” Acima de tudo devemos ter a consciência de nossa identidade maior. Somos filhos de Deus, amados o suficiente para sermos transformados num processo que dura nossa vida inteira.  Que Deus conceda aos pastores humanos a graça de agradarem ao Pai e seguirem ao Bom, Grande e Supremo Pastor, mesmo diante das pressões do ministério.  Marcelo C.Silva

H.L. Mencken descreveu um puritano como uma pessoa com um medo obsessivo de que alguém, em algum lugar, seja feliz; hoje, muitas pessoas aplicariam a mesma caricatura aos evangélicos ou fundamentalistas. De onde vem essa reputação de retidão sem alegria? Um artigo da humorista Erma Bombeck nos dá uma pista:  Domingo passado, na igreja, eu prestava atenção a uma criança que se virava para trás e sorria para todos. Ela não estava fazendo nenhum barulho, nem estava cantarolando, ou chutando, nem rasgando os hinários, nem mexendo na bolsa da mãe. Apenas sorrindo. Finalmente, sua mãe olhou para ela com cara feia e num sussurro teatral que poderia ser ouvido em um pequeno teatro da Broadway, disse: “Pare de sorrir! Você está na igreja!”. Em seguida, deu-lhe um tapa, e quando lágrimas começaram a rolar pela face da criança, a mãe acrescentou: “Assim é melhor”, e retornou às suas orações...  Subtamente, eu fiquei zangada. Percebi que o mundo inteiro está em lágrimas

Os melhores líderes pedem a opinião das pessoas que compõem suas equipes. Quando os líderes não recebem informação das pessoas que lideram, podem estar a caminho do desastre. Michael Abrashoff aborda essa questão no livro “Este barco também é seu”. Ele escreve: “Há incontáveis registros históricos de incidentes nos quais os capitães de navios ou administradores de organizações permitiram a criação de um clima de intimidação dentro do ambiente de trabalho, silenciando os subordinados cujos alertas poderiam ter ajudado a prevenir um desastre. Mesmo quando a relutância em falar é resultado da admiração pela capacidade e pela experiência do comandante, é necessário criar um clima que permita o questionamento das decisões para propiciar um reexame.” Vários líderes preferem se cercar de pessoas que fingem não ver nada, em vez de gente que fala com franqueza. O filósofo e estadista inglês sir Francis Bacon comentou: “Se uma pessoa começa com certezas, terminará em dúvidas; mas se ela e

Essa pergunta frequentemente se encontra na boca de pessoas que questionam a presença e atuação de Deus nas circunstâncias difíceis da vida. Mas na Bíblia, ela é uma pergunta feita por Deus ao homem para demonstrar sua (do homem) falta de discernimento e confiança. Foi usada por Deus no jardim do Éden para Adão e Eva quando se esconderam dEle por causa da culpa e do medo (Gn 3.8,9). E foi usada também para Jó quando a força da provação o tentava a questionar a bondade e fidelidade de Deus (Jó 38.4).  Nessa perspectiva, a pergunta nos revela que o Deus da Bíblia é presente, amoroso e ativo, ainda que o ser humano não perceba isso. Deus é constante apesar da nossa inconstância. Deus é fiel, ainda que sejamos infiéis. Deus é capaz de lidar com todos os aspectos de nossa frágil natureza e podemos estar seguros de Sua presença e cuidado, ainda que andemos pelo “vale da sombra da morte” (Sl 23.4).  Nosso grande desafio é viver a vida com essa perspectiva.  Ma

Tenho miopia e uso lentes de contato. Já cheguei também na idade de usar óculos para leitura, pois as lentes que me ajudam a ver longe, me dificultam enxergar perto.  Assim, o gesto de colocar e tirar os óculos, já é um hábito para mim. Algumas vezes estou sem lente para descansar um pouco os olhos e então não preciso de óculos, pois, enxergo muito bem de perto sem as lentes. Mas o hábito me leva a fazer o gesto de colocar ou tirar os óculos do rosto mesmo que eu não esteja precisando deles. Aconteceu agora a pouco. Ao terminar uma leitura, levei automaticamente as mãos ao rosto para tirar os óculos que não estavam lá.  Isso me faz pensar no poder do hábito. Uma vez estabelecido, ele se repete automaticamente, sem que precisemos pensar ou refletir sobre o assunto. Embora os hábitos tenham uma função benéfica inegável, eles também podem nos levar a fazer coisas importantes de maneira puramente mecânica e instintiva. A questão é que na vida cristã nosso ser total precisa esta

Com esta frase, o filósofo Friedrich Nietzsche propôs, no final do século XIX, a completa falência do Cristianismo na busca por significado para a vida humana. Segundo ele, o próprio homem tornou-se adulto e começou a viver sem mais necessidade de fábulas infantis. * Mas hoje, mais uma vez, milhões de pessoas bem vivas e transformadas pela Maravilhosa Graça do Deus que um dia “morreu”, celebram com alegria e convicção, a Ressurreição do Salvador Jesus Cristo.  A despeito dos prognósticos céticos de qualquer filósofo humanista, DEUS ESTÁ VIVO!!! E, se um dia Ele morreu, de fato o fez por amor a nós, e até por aqueles filósofos (1Jo 2.2). Certamente podemos dizer que todos nós matamos o Deus-Homem, porque Ele morreu por causa dos nossos pecados. O pecado exige a morte, mas como Jesus não teve pecado, Ele pôde morrer por outros que eram pecadores. Assim, sua morte é vicária e expiatória, ou seja, serve para satisfazer a justiça divina de punição ao pecado. A “mor

Alguns acidentes ocorrem pela falta de placas de sinalização. Mas a grande maioria ocorre pela negligência às placas de sinalização. Quando queremos chegar a um destino, em segurança e sem nos perder no caminho precisamos respeitar as placas de sinalização . Na vida cristã também precisamos dar atenção às “placas de sinalização” que Deus nos provê na Bíblia. São verdades centrais que servem como referencial de limites, como afirmações daquilo que é mais importante para Deus ou como orientação para correção de rumo. Se negligenciarmos esses textos centrais, corremos o perigo de desviar do rumo e errar o alvo.  Algum tempo atrás, Deus chamou minha atenção a um texto que considero uma “placa de sinalização” importante na Bíblia – Mt 22.37-40. Nesse texto Jesus ensina que os dois mais importantes mandamentos são amar a Deus e amar as pessoas. Todos os outros mandamentos derivam desses dois. Isso significa que no “tecido emaranhado” da vida, preciso crescer no meu amor