Sementes

RECADO AOS AMIGOS DO FACEBOOK Gente boa do Facebook; Imagino que todos nós temos nos beneficiado desse instrumento da chamada “rede social”.  Tenho refletido bastante sobre esse instrumento. Para mim, é um instrumento, pois depende de ser usado pelas pessoas. Pode ser usado para o bem ou para o mal, para encontrarmos amigos ou para nos isolarmos ainda mais na virtualidade, para compartilharmos nossas alegrias ou como plataforma exibicionista, para repartirmos nossos “pesos” ou para espalharmos nosso mal humor e azedume. Para desenvolvermos o altruísmo ou para reforçarmos o egoísmo e o narcisismo.  Enfim, estou aprendendo muito sobre mim e sobre os outros, ao procurar usar bem essa ferramenta, o que significa também, usar moderadamente. Certamente existe o desafio da interpretação daquilo que postamos, mas sem dúvida também existe uma responsabilidade implícita no uso de uma ferramenta de publicidade como essa.  Vamos crescer juntos? Um forte abraço a todos.

Creio que alguns de nós, pregadores, vamos ter “problemas no céu”.  Não teremos hereges para combater e nem pecadores para apontar o dedo em “exortação”. Não precisaremos “cobrar” frequência aos programas da igreja e pontualidade aos cultos. Não precisaremos mais corrigir nenhum desvio doutrinário. E o que é pior de tudo, não precisaremos mais pregar nossos belos sermões!!! Que tristeza. Não ter mais púlpito, proeminência, liderança e não termos mais ninguém com quem possamos encrencar.  Graças a Deus que no céu, na presença plena de Deus, estaremos transformados e essas vaidades não aparecerão, senão, apenas, quem sabe, em algum momento de constrangimento íntimo no prestar contas a Deus.  Marcelo C. Silva

"Uma conquista digna é aquela que se sustenta por si só e não por depreciar as conquistas alheias." Marcelo C.Silva

"Alguns eruditos ficam bastante indignados com seus colegas que, na estimativa deles, são atraídos demais pelo aplauso de colegas acadêmicos incrédulos, embora esses eruditos indignados permaneçam inconscientes de como eles se tornaram dependentes dos aplausos dos bastiões conservadores que os estimulam.  No último dia, permaneceremos de pé ou cairemos com base na aprovação de uma única pessoa, um único mestre, o Senhor Jesus Cristo." D.A.Carson, O Pastor Como Mestre e O Mestre Como Pastor, pp.105,106

As Igrejas precisam conservar o “teocentrismo” em sua experiência comunitária. A consciência de que a obra é de Deus e é Ele quem faz. Somos apenas seus instrumentos e cooperadores (1 Co 3.6-9). Nesses mais de 30 anos de vida cristã, vejo muita autopromoção e vanglória da parte de igrejas que perderam a consciência de quem é Deus, e, consequentemente de quem são elas. Igrejas que acham que são a luz, ao invés de apenas serem um reflexo da Luz que é Cristo (Jo 1.8). Igrejas que correm o risco de proclamarem mais suas próprias virtudes do que as virtudes dAquele que as chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).  Fujamos desse modelo! Não permitamos que nosso narcisismo individual (duvido que alguém não o tenha) se transforme num narcisismo eclesiástico, como se essa ou aquela igreja local fosse a melhor de todas as outras. Amemos a igreja local onde congregamos, mas não deixemos de enxergá-la como uma obra inacabada (Ef 2.10) e como apenas uma pequena parte da

“É difícil escapar à conclusão de que há algo de fundamentalmente errado com o mundo. Segundo o Cristianismo, nosso maior problema é o pecado. No entanto, o conceito de ‘pecado’ é ofensivo ou ridículo para muitos, o que, em geral, acontece porque não entendemos o que os cristãos querem dizer com o termo.  O pecado é a recusa desesperada de encontrar nossa profunda identidade no relacionamento com Deus e no serviço a Ele. O pecado é a busca de nos tornarmos nós mesmos, de adquirir uma identidade apartada dEle.  Kierkegaard afirma que os seres humanos foram criados não só para crer em Deus de alguma forma geral, mas para amá-lo sobre todas as coisas, para centrar suas vidas nEle acima de tudo e para construir suas próprias identidades a partir dEle. Qualquer alternativa constitui pecado.  Segundo a Bíblia, a maneira de definir pecado não é apenas praticar más ações, mas transformar boas ações em fins em si mesmas. É buscar estabelecer uma identidade por meio da priorizaç

"O dinheiro e o poder não corrompem , eles apenas  revelam  a corrupção do coração humano." Conceito Bíblico

“Descobri que minha relutância em orar aumenta quando considero a oração uma disciplina necessária e diminui quando a vejo como um tempo para ficar na companhia de Deus.  A verdadeira oração vem de dentro, do anseio do coração.”  Philip Yancey, Oração: Ela faz alguma diferença? p.202

“Ó Senhor Deus Todo-Poderoso, não o Deus dos filósofos e dos sábios, mas o Deus dos profetas e apóstolos; e, acima de tudo, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... Será que poderei expressar a Ti, sem culpa? Os que não Te conhecem poderão invocar-Te de forma diferente do que Tu és, adorando assim não a Ti, mas a uma criatura de sua própria imaginação;  portanto, ilumina as nossas mentes para que Te conheçamos como Tua és, a fim de que possamos amar-Te perfeitamente, e louvar-Te de modo digno. Em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.” A.W.Tozer, Mais Perto de Deus , p.7

"A cruz revela a profundidade  do nosso pecado,  não a altura do nosso valor  diante de Deus... Argumentar que Jesus teria morrido por mim ainda que eu fosse a única pessoa na terra, simplesmente indica que meus pecados, sem a contribuição de outras pessoas, eram suficientes para exigir a severa punição que Jesus Cristo vicariamente assumiu em meu lugar." Don Matzat, Religião de Poder, p.209

À milhares de anos a humanidade se faz essa pergunta: O QUE FAZER COM JESUS CRISTO?  Quando Jesus veio ao mundo e andou pela Palestina, “ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9.35) ele passou a incomodar muita gente, especialmente os religiosos judeus que se sentiam ameaçados em sua autoridade e proeminência sobre o povo.  O clímax desse incômodo foi sintetizado na pergunta do governador romano na Judéia, Pôncio Pilatos: “Que farei de Jesus”? (Mt 27.22)  E a responda do povo enraivecido foi: “Crucifica-o” (Mt 27.22)  Em outras palavras: “Livre-se dele por nós”.  Grande parte da humanidade continua incomodada com Jesus e sua mensagem, e querendo livrar-se dele. Alguns estão determinados a negar qualquer vestígio de Jesus Cristo nesse mundo.  Por que Jesus Cristo incomoda tanta gente?  Porque sua mensagem não é popular. Jesus ensinou...  Quem quiser tornar-se grande entre vós, seja ess

Somos todos seres complexos que anseiam por acolhimento, amor e segurança.  Mas infelizmente nos afastamos do Criador que provê todas essas coisas em Sua própria natureza e que nos criou para uma existência de comunhão e amor.  Percebo nossas constantes manifestações dessas necessidades básicas na própria tentativa de suprí-las por meio de nossas relações familiares, sociais e eclesiásticas.  Mas certamente só em Deus mesmo é que temos o suprimento existencial de que ansiamos e nossa vida deve ser uma constante entrega a Ele para o desfrute de Seu eterno e incondicional amor.  Aquilo que família, sociedade e igreja podem fazer de melhor, nunca será suficiente para nos suprir do acolhimento, do amor e da segurança que tanto ansiamos (Jr 2.13; Jo 6.35; 7.37-39).                                                                                                                 Marcelo C.Silva

Todo cristão é vocacionado para glorificar a Deus através de uma vida digna e de um testemunho fiel.  A palavra “vocação” (gr. klesis) no Novo Testamento sempre aparece (com exceção de 1Co. 7.20) num contexto de salvação e eleição. (cf. Rm.11.29; 1Co. 1.26; Ef. 1.18; 4.1; Fp. 3.14; 2Ts. 1.11; 2Tm. 1.9; Hb. 3.1; 1Pe. 1.10). Diz respeito ao “chamamento” de Deus para a salvação.  Nesse sentido mais básico então, não existe cristão sem vocação e, quem não é vocacionado não é cristão. Ministério é a vida do cristão quando vivida integralmente para o Senhor (At 20.24; 2Co 5.18ss). Marcelo C.Silva

Devemos ajudar as pessoas a lidarem com o pecado que as separam de Deus (salvação), e os pecados que dificultam a sua caminhada com Deus (santificação). Isso é “amar como Cristo amou”  (Jo 13.34). Marcelo C.Silva

Se você é como eu, tem uma luta para não adiar coisas importantes na vida. Isso porque nem sempre as coisas importantes são as que mais gostamos de fazer e o ritmo acelerado da vida atual é um agravante. No texto bíblico citado acima, a recomendação é de não permitirmos que uma atitude de indignação, mesmo que justa, perdure ao ponto de deteriorar relacionamentos ou abrir oportunidade para diabo se aproveitar da situação (cf. Ef 4.27).  Precisamos reconhecer a transitoriedade da vida e aproveitar a oportunidade de tratarmos de ofensas e conflitos que possam nos envolver, sejam familiares, eclesiásticas ou até sociais (com vizinhos, amigos, etc). Contudo, podemos ampliar essa recomendação, aplicando-a a outras áreas de nossa vida. Aproveitarmos as oportunidades de compartilhar o amor de Deus, de visitar um parente distante, de concluirmos um projeto de valor. Aquele perdão que precisamos liberar ou aquele pedido de perdão que precisamos fazer. Aquela conversa ou até confis

Tu és paciente e gracioso conosco. Tu nos dás corda suficiente até que finalmente cheguemos ao fim das nossas forças e compreendamos que temos de lidar com nosso problema. Obrigado por tua compreensão. Obrigado pela convicção do Teu Espírito, que tem um jeito todo especial de chamar finalmente nossa atenção. Oro por todos aqueles que buscam ansiosamente a notoriedade ou que, de alguma forma, sentem-se indispensáveis. Acaba, Senhor, com essa insensatez em nós! Lembra a todos nós, Pai, que só Um é verdadeiramente indispensável, tu mesmo. Tu que habitas no silêncio absoluto, na beleza e na pureza. Não admira que sejas tão profundo e penetrante. Dá-nos, Pai, um ódio santo pela atividade sem propósito. Força-nos a reavaliar a razão daquilo que fazemos e de quanto fazemos. Que possamos nos tornar teus instrumentos escolhidos, ajustados e preparados para as tarefas que tens para nós. Mantém a carne longe de tudo em que nos envolvemos, Senhor, e dá-nos uma disciplina santa para

"Nenhum pecado no seu passado, por pior que seja, pode sobrepujar a graça de Deus. Se você duvidar disso, lembre-se do insolente fariseu de Tarso. Quando o Senhor o salvou, Ele não o pôs à prova. Os outros discípulos fizeram isso. Não, Deus deu a Saulo um novo nome e, no processo, fez dele uma nova criatura. É isso que torna a graça tão maravilhosa." Charles R. Swindoll, Paulo: Um homem de coragem e graça , p.30

PASTOR E JOGADOR DE  FUTEBOL Estes são personagens totalmente diferentes, mas quero destacar uma semelhança entre as duas situações. A questão da remuneração. É muito comum se pensar que todo jogador de futebol ganha muito dinheiro, quando a realidade é que uma pequena parte ganha muito dinheiro enquanto a maior parte ganha pouco e luta para sobreviver. O pastorado é parecido nesse aspecto. O que aparece é a situação dos pastores televisivos e de igrejas que seguem a chamada “Teologia da Prosperidade” (que obviamente é uma deturpação do ensino bíblico), e por isso se pensa que pastor ganha muito dinheiro. Mas a realidade da maioria dos pastores é de baixos salários e pouca valorização. Sim, é verdade que muitos pastores que ganham pouco, terminam tendo bens e oportunidades que nem sempre uma pessoa que não vive do ministério consegue. Entendo que isso se dá porque Deus abençoa a dedicação e abnegação dessas pessoas. E entendo também que Deus compensa a negli

Discordo veementemente e respeitosamente de opiniões como as do psicólogo americano Michael Shermer, em entrevista publicada na Revista Veja dessa semana (edição2.283, ano 45, n° 34, pp.84 e 85), que tratam sutilmente a fé religiosa (como se fossem todas “farinha do mesmo saco”) como sinal de fraqueza e ignorância retrógradas.  Embora eu reconheça exageros, deformações e até crendices infundadas nas várias vertentes religiosas, creio que a fé cristã segundo a Bíblia, não é um escapismo de ignorância, mas um reconhecimento humilde dos limites da razão. Ora, só conheço os limites da razão se a utilizar com frequência e coerência. A fé cristã não é a abreviação ou privação do pensamento, mas uma motivação adequada para ele. Mais do que isso, a “fé cristã” é um dom de Deus (com o perdão do tom não científico dessa expressão!) que nos capacita a lidar com os aspectos mais fortes de nossa rebeldia natural e incredulidade conveniente.  Marcelo C.Silva

Gosto muito de esporte.  Tenho uma “queda especial” pelo futebol, embora oito anos de minha vida infanto-juvenil  tenham sido dedicados a outra modalidade, a natação. Ainda hoje, já com 51 anos, percebo que o sangue da competitividade corre em minhas veias. Contudo fiquei pensando, durante as Olimpíadas, sobre a “temática da competição”. Como é forte para nós seres humanos essa ideia da disputa e da tentativa de superar outros. Nesse sentido, parece mesmo que toda a nossa vida é caracterizada por “competição”, seja na vida social, profissional e até mesmo (e infelizmente) na vida eclesiástica. As Olimpíadas evocam aspectos nobres do esporte como lealdade, respeito às regras, congraçamento, superação individual, aprimoramento, respeito ao oponente e saber lidar com a derrota. Contudo, se considerarmos os todo da questão, não podemos negar que existem aspectos nefastos nesse ímpeto competitivo no ser humano. Na verdade, considerando a revelação bíblica, creio que a co

Explico. Dia dos pais é mais uma das nossas convenções sociais. A paternidade é uma vocação divina, que visa dar aos filhos a provisão, proteção, disciplina e direção para uma existência coerente e frutífera.  Com a queda do homem no jardim do Éden, esse ideal divino ficou comprometido e nessa corrupção humana chegamos ao extremo de ver pais matando seus filhos e filhos matando seus pais. Na obra de redenção por meio de Jesus Cristo, Deus, o Pai, capacita seus filhos a se tornarem pessoas santas e íntegras. A Bíblia usa a figura do “dia” (luz) para falar sobre o estilo de vida que agrada a Deus em contraste com a figura da “noite” (trevas) que simboliza a vida pecaminosa e indigna (cf. Rm 13.12-14).  “Dia dos Pais” é uma convenção humana para celebrar e valorizar a função paterna. “Pais do dia” é uma expressão que nos lembra da necessidade que os pais têm de viver segundo a orientação e direção do Pai Celeste. Como cristãos, somos todos filhos de um Deus que se aprese

"Autoridade não é manipulação através do exercício de poder mas é influência por manifestação de amor."  Marcelo C.Silva

“Enquanto estivermos vivos estaremos aprendendo; e enquanto estivermos aprendendo, estaremos vivos.”  Howard Hendricks

“A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho. Ensinar de fato não é passar conhecimento, mas estimular o aluno a buscá-lo. Poderíamos dizer que ensina melhor quem menos ensina.”   John Milton Gregory 

“O pastor que vê competência em si mesmo para produzir frutos eternos – os únicos que interessam – não conhece a Deus ou a si próprio.” “Irmãos, os verdadeiros alvos da vida pastoral estão sem dúvida fora do nosso alcance. As mudanças na vida das pessoas, que almejamos em nosso coração, só poderão ocorrer mediante a obra soberana da graça.” “Fomos chamados para trabalhar pelo que cabe apenas a Deus dar. A essência do ministério cristão revela que seu sucesso é algo fora do nosso alcance.” John Piper, Irmãos, Nós não Somos Profissionais , pp.70,71

Essa é uma das formas como eu tenho visto esse tempo de recesso ministérial ou “desemprego”. Tenho tido tempo para refletir e avaliar o que sou e o que faço, na minha individualidade e nas minhas relações. Desemprego, especialmente para um homem, não é uma situação confortável e tenho muitos desafios nesse sentido. Mas a oportunidade de auto-avaliação e correção compensa a frustração, especialmente quando se acredita, como eu, que nossa vida é a base do ministério/trabalho. Sim, tenho pensado que estou num “tempo de estaleiro”, que é um local onde os barcos ficam quando não estão nas águas, navegando. Barcos são feitos para estarem nas águas, mas de vez em quando eles precisam de consertos e reparos e, para isso, são tirados das águas e colocados em estaleiros (garagem ou oficina de barco). Ali são reparados e aperfeiçoados para voltarem às águas e cumprirem seu propósito. Imagino que alguns tenham grandes avarias estruturais que demandam tempo e consertos mais t

Impressionante como a igreja está contaminada com a mentalidade do mundo em vários aspectos. E que pena que não temos a coragem necessária para encarar esses desvios e a disposição para a auto-crítica que poderia nos conduzir de volta à santa vocação de sermos uma comunidade de Graça e Verdade. Na minha compreensão somos tão incoerentes quanto à sociedade quando fica escandalizada com os casos de abuso sexual que são, em grande parte, alimentados pela própria máquina social de sensualidade e permissividade. Da mesma forma, vejo grande parte da liderança eclesiástica, indignada e assustada com movimentos e literatura que questionam a institucionalização na igreja e pregam modelos alternativos. Não concordo com boa parte desses movimentos e literatura, contudo é óbvio que são alimentados pelos próprios desvios da Igreja e a indisposição de avaliarem onde estão errando e fazerem as devidas correções. Talvez por que estejamos ocupados demais com os “nossos ministérios”.

"Ser Homem é ser digno de ser seguido." Marcelo C.Silva

"Antes de ser uma visão correta  de si mesmo, a HUMILDADE é uma visão correta de Deus."  Marcelo C.Silva

Percebo que um dos grandes desafios que a Igreja Cristã tem é apresentar ao mundo uma visão adequada de Deus e não caricaturas que desfiguram e desfocam Sua real natureza e obra. Creio que a visão adequada de Deus é aquela fornecida por uma interpretação coerente da Bíblia. Mas essa visão é melhor  transmitida no processo de encarnação da verdade e não apenas no processo da proclamação verbal dessa verdade. Nossas “falações” e “liturgias” geram mais caricaturas de Deus do que uma “imagem” mais aproximada de quem Ele realmente é. Marcelo C.Silva

“Não é verdadeiramente espiritual o cristão que não se alegra tanto em sua ignorância de Deus quanto em seu conhecimento sobre Ele.” (J.Blanchard).

“Visitando a universidade de Notre Dame, onde fui professor por alguns anos , encontrei um velho e experiente professor, que passara a maior parte da sua vida ali. E, enquanto passeávamos pelo belo campus, ele disse com certa melancolia em sua voz: ‘Sabe, ...passei a vida inteira reclamando que meu trabalho era interrompido constantemente, até que descobri que as interrupções eram meu trabalho.’ Não é verdade que muitas vezes vemos os vários eventos de nossa vida como interrupções, grandes ou pequenas, que interrompem nossos planos, projetos e esquemas de vida?” Henri J.M. Nouwen, Crescer: Os três movimentos da vida espiritual

"O maná no deserto foi dado uma vez por dia. Não havia armazenagem de maná.  Essa é a maneira como temos de depender da misericórdia de Deus.  Você não recebe hoje a força para levar os fardos de amanhã.  Recebe misericórdia hoje para os problemas de hoje.  Amanhã, as misericórdias serão renovadas." John Piper, Uma Vida Voltada Para Deus, p.26

"O Judaísmo, o Catolicismo e as igrejas da Reforma preservaram seu sistema religioso, mas perderam de vista o indivíduo. Aliás, em todos os casos, o sistema – seus dogmas, tradições, formas e estruturas – por fim se tornaram mais importantes do que as próprias pessoas. Esses movimentos também preservaram sua ‘ortodoxia’, mas seus adeptos não conseguiram obter uma compreensão mais profunda e pessoal da verdade divina. As pessoas aceitavam intelectualmente a doutrina, mas havia pouca relação com a vida diária. Todos esses movimentos ganharam uma semelhança exterior da parte de seus seguidores, sem que houvesse, no entanto, uma experiência interior. As pessoas cumprem religiosamente os rituais e as rotinas, mas sem verdadeiro significado espiritual. A religião delas passou a ser uma questão de forma e cerimonial, não de vida e experiência. O relacionamento pessoal com Deus foi substituído pelo relacionamento impessoal com uma organização.  Todos esses movi

Eugene Peterson, falando de sua esposa Jan, escreveu o seguinte: “Jamais lhe ocorreu pensar qua a ‘esposa do pastor’ fosse ‘pastora auxiliar’. Sua vocação, embora não fosse facilmente reconhecida como a minha, e não fosse tão definida para os demais como a minha o era, nem por isso deixava de ser diferente e não se confundia com nenhum dos estereótipos ainda tão comuns hoje em dia. Ela deparou com uma frase de Alan Jones, deão da Catedral de São Francisco, copiou-a e a fixou na parte de dentro da porta do armário de temperos: ‘Viver um papel impreciso e indefinido é um verdadeiro sacrifício, mas é também algo verdadeiramente criativo, porque nos deixa desimpedidos e livres (e aqui permitam uma ousadia) como o próprio Deus.’ Eugene H.Peterson, Memórias de um Pastor , p. 218

O que é mais importante, o processo ou o resultado, o meio ou o fim??? Provavelmente os dois. Mas, na minha compreensão, nossa fascinação por resultados nos priva das lições dos processos. Quando aceitamos o condicionamento social que vincula sucesso a resultados, inevitavelmente lidamos com os processos de maneira inadequada, perdendo a perspectiva correta da própria existência que, no plano divino, parece ser um grande processo. Marcelo C.Silva